É já um lugar comum escrever que o amadurecimento é a incapacidade de nos desiludirmos, consequência de antevermos a realidade e as possibilidades das coisas.
Uma das desvantagens da mutilação são os sentimentos de mutilação. Não é nada físico, é só psicológico, uma fraqueza emocional. É uma coisa ou mais leve ou mais pesada conforme esta ou aquela estabilidade e não se confunde nem com as dores-fantasma, nem com os prazeres-fantasma nem com as comichões-fantasma, que não são fantasmas.
Mas pior é a mutilação daquilo que nunca existiu. E pior ainda é a mutilação daquilo que nunca existiu e que nunca se conheceu. E o limite é a mutilação do que nunca existiu mas que se conheceu.
Desarmar
Desarmo-te com um sorriso
E corto-te como tu queres que eu te corte
Corto essa pequena criança
Dentro de mim e tanto uma parte de ti
Ooh, os anos queimam
Eu costumava ser um pequeno rapaz
Tão velho nos meus sapatos
E aquilo que eu escolho é minha escolha
O que é suposto um rapaz fazer?
O homicida em mim é o homicida em ti
Meu amor
Envio este sorriso de volta a ti
Desarmo-te com um sorriso
E deixo-te como eles me deixaram aqui
Para murchar em negação
A amargura de alguém deixado sozinho
Ooh, os anos queimam
Ooh, os anos queimam, queimam, queimam
Eu costumava ser um pequeno rapaz
Tão velho nos meus sapatos
E aquilo que escolho é minha escolha
O que é suposto um rapaz fazer?
O homicida em mim é o homicida em ti
Meu amor
Envio este sorriso de volta a ti
O homicida em mim é o homicida em ti
Envio este sorriso de volta a ti
O homicida em mim é o homicida em ti
Envio este sorriso de volta a ti
O homicida em mim é o homicida em ti
Envio este sorriso de volta a ti
Billy Corgan, “Disarm”
[Os parágrafos deste post poderiam seguir uma outra ordem qualquer; eles não têm ordem nem têm uma ou qualquer ordem].
Sem comentários:
Enviar um comentário