24 de janeiro de 2006
A máquina dos Cheiros
Há algum tempo ( alguns anos é mais realista ) li um artigo sobre uma máquina de cheiros. Acho que foi numa revista americana sobre " gadgets ". Neste momento isso não interessa nada, mas de quando em vez, vem-me à memória aquele artigo. Na foto que acompanhava o texto, via-se um dispositivo em vidro, composto por uns três ou quatro tubinhos coloridos, dispostos em pé, lado a lado. O encanto da máquina consistia em produzir cheiros conhecidos a partir de uns compostos químicos. Basicamente havia três ou quatro substâncias primárias que, quando combinadas em diferentes proporções, produziam cheiros distintos. Estas substâncias primárias estavam nos tubos, e podia regular-se a quantidade libertada por cada um deles. Quando misturados no balão de vidro exalavam o cheiro pretendido. Era um bocado como produzir cores diversas a partir das primárias. No artigo davam a entender que, todos os cheiros existentes no mundo, poderiam ser reproduzidos em laboratório, mediante a combinação correcta dos tais químicos " primários "; tipo 30% de A, 20% de B mais 50% de C iria criar um cheiro a baunilha. Fiquei maravilhado com esta máquina, e ainda mais com um cheiro que vinha já na lista dos pré-definidos da máquina. Era o cheiro que existia nos corredores do metro, em Nova-Iorque, por alturas do Natal. Claro que posso estar a exagerar, mas é disto que eu me lembro.
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