22 de novembro de 2005

Há professores e professores. E professoras ou professoras.

Tive uma sorte que nem sei qualificar. Foi minha professora durante o liceu e dela ouvi as primeiras palavras encorajadoras à minha forma de escrever, uma mulher como há poucas a Amélia Pais.

Fez-me achar a interpretação de "os Lusíadas" um verdadeiro fascínio. Batia-me com a gramática e e os trabalhos de casa. (tinha toda a razão em fazê-lo e ainda hoje acho que me vai corrigir umas coisinhas). Apaixonei-me pela crise de 83-85 graças a ela. Fiquei de quatro pelo Fernão Lopes.

Nunca me facilitou peva, mas sempre me gratificou quando eu ia mais além. E às vezes bastava só uma frase. Recordo uma observação dela de cor, numa composição minha:" Quero este texto para mim, Teresa . Dás-mo?"
E lembra-se da revista, O Professor, cortada pela censura? Que orgulhosa que fiquei. E fico.


Agora tem um excelente blog, que eu vou colocar nos links
http://barcosflores.blogspot.com/
(tinha que ser o José G. Ferreira, não era?)

Nós chamávamos com muito afecto à Amélia a nossa Petite Chose. Era professora de francês, também, como é evidente.

Muito obrigada por tudo, minha querida professora. Tem um bocadinho de culpa de eu ser como sou. E livre-se de me emendar as vírgulas:) Estou a brincar, emende-as que eu agradeço:)

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