2 de agosto de 2005

Hoje à noite sonhei contigo. Estavas vestido com uns tecidos estranhos cor de púrpura. Nada que seja inusitado em ti ou que te fique mal. A minha mãe ainda era viva e avisava-me "deste homem nada tens a esperar". E claro, que algo corria mal, como sempre correu mesmo quando corria bem. Estávamos numa festa ou num evento. Tinha que arranjar um lugar e não era fácil. De repente ofereceste-me um gato. Preto. Tinha olhos muito redondos e grandes.

Levei-o para casa. O gato era uma gata e de repente estave com quatro gatos pequeninos. O instinto prevenia-me. Tens um quinto gato bebé dentro da máquina digital. E estava. Saiu de lá parecia um gato cilindrico. Tinha na ponta do rabo um remate a borracha preta. Os gatos tinham focinhinhos como os do meu urso de peluche de infância.

De repente a casa estava cheia de gatos. E a minha mãe dizia "eu bem te tinha avisado".
Eu abria os olhos e pensava, "estou a sonhar, só posso estar a sonhar". E tentava acordar e continuava na porcaria do sonho.

Dizia-te"não te quero ver mais". Tu dizias "é o que costumas dizer, não sei porquê. não estás preparada para mim". Batia-te com a porta na cara. No entanto sabia e sei que vou continuar a sonhar-te, porta fechada ou aberta., apesar de já não recordar bem a tua face.

Agora porque tive este sonho não sei. É recorrente em mim, mas nunca tão preciso .
Ao acordar, fiquei aliviada. Estavam três gatos a olhar-me, dois malhados e um preto. Perfeitamente normais. Fiquei muito mais descansada.

Sonhos, Dali e Freud, Spellbound, União Zooófila, uma ex-caso e a minha mãe. Tudo junto.
Quem quiser interpretar que o faça, que eu desisto.

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