10 de junho de 2005

um post um bocado parvo

Não conseguirei explicar como gosto que me cortem o cabelo. Gosto. Chego lá e vem logo uma tipa mal-humorada lavar-me o cabelo à bruta. Despacha-me para o lugar do crime e logo entra a super-cabeleireira. Aqui começa sempre uma espécie de duelo. Eu quero sempre o cabelo curto e ela gosta sempre de me deixar penachos. Da última vez deixei-a ganhar. Cortava com tal entusiasmo e vigor que não tive coragem para lhe dizer que não era assim que queria. Naturalmente habituei-me e gostei. Hoje quando lá cheguei ela ainda perguntou se não queria deixar “aquelas pontinhas”, ao que respondi imediatamente, “não. curtocurtocurto”. Então desatou a cortar. Cortou tanto. E é tão bom o barulhinho da tesoura desenfreada mesmo ao pé da orelha enquanto se vê a mulher (bem bonita) pelo espelho, empoleirada no meu ombro, porque está mesmo a ver-se que lhe dá muito prazer.

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