20 de março de 2005

Percas e danos.

Estava a pensar naquilo que o Carlos disse, em modo de comentário, sobre dar tudo para estar com o pai dele.
A dor da saudade física é tão insuportável. Não passa , agrava-se apesar de nos acostumarmos a ela. Que remédio.
Tantas vezes que dou por mim com o telefone na mão para ligar à minha mãe. Ou a pensar, porra, este livro era mesmo bom para ela. E quando me lembro do meu pai , sei que seria tão mais feliz se o tivesse.
As percas são dificeis de digerir. É sempre mais fácil de perceber o que acontece aos outros.A morte e a vida.
Fui uma filha tardia, vivi no receio de os perder e quando isso aconteceu não estava de todo preparada. Por mais que estivesse preparada.
A única oração que a minha mãe me ensinou, ou seria a minha avó, era a seguinte: "Deus dê saúdinha ao pai, à mãe, à Nené, aos meus irmãos todos(somos muitos não vou citar) e às cadelinhas". Eu acrescentava ainda amigos, os gatos do quintal, etc, etc, queria era que nada acontecesse a ninguém.
Acho que ainda hoje recito essa ladainha antes de dormir, saúde e felicidade para todos que me consigo lembrar antes de adormecer. (adormeço depressa)
É bom estar viva, apesar de toda a saudade que carregamos. A falta que faz um abraço e um beijo das pessoas que nos faltam para sempre. E de certa forma sou uma pessoa mais feliz por a sentir. É sinal que os amei muito.
E mais um sábado passou a correr.
E hoje sonhei com o meu futuro sobrinho. Não é que era um rapaz? :)

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