6 de março de 2005

Especialista, eu?

Ao andar, lá por baixo, à espreita, calhou encontrar um comentário do Carlos que ainda não tinha notado. Não sei se percebi bem, mas pareceu-me que me chamou "especialista da casa", no que respeita a assuntos teológicos.
Não me considero, de modo nenhum, especialista nessa área. Tenho muito interesse, procuro ler o que posso e manter-me informado sobre muitas questões que têm a ver com religião. Isto, porque considero que esta nossa chamada civilização ocidental assenta em dois pilares fundamentais: o direito romano (no que respeita ao estar público, digamos) e a moral cristã (no que respeita essencialmente ao estar privado). E no nosso caso específico, de Portugal, a moral cristã-católica.

Assim, penso que o "ser" cristão, para o bem e para o mal, faz parte da nossa matriz cultural e civilizacional. Logo, considero-me culturalmente cristão e católico, no que repeita à observância das principais normas morais desta religião.
E, pratico? Não, vou apenas ocasionalmente à missa (por motivos que adiante explicarei). Sou aquilo que o padre R. diz que não existe, um "católico não-praticante", que é a mais-ou-menos mesma coisa que um "desportista não-praticante".
E, sou crente? Não, verdeiramente não sou. Não creio num Jesus Cristo, Filho Único de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos, nem num Espírito Santo, Senhor e Fonte de Vida que procede do Pai e com o Pai e o Filho recebe a mesma adoração e a mesma glória.
E, então, o que sou? Sei lá, mesmo agora me disseram que no fundo não sou nada!
E, isto reflecte-se no que escolhi fazer para os meus filhos. Não os baptizei após os nascimentos. Começaram a frequentar a catequese, com o início da escola. A Gena, baptizou-se e fez a primeira comunhão aos 10 anos, manteve-se ligada durante mais um anos e depois, voluntariamente abandonou. O Manel irá e ser baptizado para o ano e depois seguirá o seu caminho.

Dito isto, vamos ao que me trouxe.
No fundo, e como já disse, não acho a posição do tal padre Nuno totalmente descabida (embora pense que faz uma interpretação nada consensual do tal cánone) e considero que a sua opinião não invoca, de modo nenhum, a Santa Inquisição.
É certo que o termo "excomunhão" levanta logo esses fantasmas mas apenas indica a exclusão da comunhão com Deus de quem, reiteradamente, tem condutas contrárias aos preceitos da religião. Não exclui, nem condena ninguém contra a sua vontade. Não atenta contra a liberdade individual de qualquer indíviduo.
Acho lógico que, quem quer comungar com Deus, deva levar essa comunhão até às suas últimas consequências. Eu não o faço, eu não comungo!

PP: Fomos ver o tal jogo: o Farense perdeu 4-2. O Manel, afinal, não sofreu. À tarde treinamos, nós os dois, passes, recepções de bola, dribles e remates. Aí, quem sofreu fui eu!

PPP: O Benfica aguentou-se... yeah! O Sporting perdeu.. eh, eh! O Porto teve caga... bahhh!

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