22 de fevereiro de 2005

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4 de Março parece-me bem. Porque não fazemos o jantar em Sevilha?

Concordo absolutamente com o Paulo Portas: o que está e sempre esteve em causa é uma "guerra" cultural. Portugal, mesmo quando vota PSD, é de esquerda. A cultura é dominada pela esquerda e pelo seu igualitarismo. Não há espaço nem interesse nem vontade em ser liberal de direita ou democrata-cristão. Mas tal como Portas, eu digo que o povo tem legitimidade para escolher o que quiser e como quiser. E é pelo facto de ter a liberdade e a legitimidade de escolha é que depois não se pode queixar quando deveriam ser óbvias as consequências da escolha. Votar no Domingo PS tem como consequências óbvias chamar novamente o tipo de irresponsabilidade política, sobretudo irresponsabilidade financeira e chamar também o imobilismo que caracterizaram os magníficos governos Guterres e que caracterizarão os dois Governos Sócrates. Àqueles que gostaram tanto da governação Guterres apresento as minhas congratulações pela governação Sócrates que aí vem.

Onde há liberdade de escolha não há crise. Onde há liberdade de escolha em contexto de simetria de informação e de fácil previsibilidade não pode haver lugar a lamentações no futuro. Que aqueles que votaram Sócrates não se lamentem de nada daqui a oito anos. De um modo geral, eu não me lamentei das políticas seguidas pela coligação de direita que terminou ontem.

Hoje deitei para o chão o meu bilhete de metro.

(Este texto foi escrito agora mesmo mas com o meu "coração" no dia de ontem).

Esta Primavera em Lisboa tem sido muito bonita!

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