15 de fevereiro de 2005

Fumador passivo

O nosso amigo médico explicador volta a debruçar-se sobre o problema do fumador passivo a propósito do trabalho recentemente publicado do EPIC. Faz bem, pois há que manter as pessoas informadas, e cita, é claro, as esperadas conclusões:
“This large prospective study, in which the smoking status was supported by cotinine measurements, confirms that environmental tobacco smoke is a risk factor for lung cancer and other respiratory diseases, particularly in ex-smokers”
Há tempos, ou melhor, há mais de 1 anos já aqui me referi ao chamado “mito” do fumador passivo. Quando digo isto não nego que o fumo do tabaco mata os fumadores e que aumenta o risco de doença graves e mortais nas as pessoas sujeitas a exposição ambiental do fumo do tabaco – fumadores passivos. O que me insurjo, por vezes, é contra a generalização abusiva do conceito de fumador passivo às exposições ocasionais. E lembro-me logo das agrestes indignações, algo egoístas diria, dos que têm que suportar o fumo do tabaco durante uma pacata refeição num restaurante.
Como este estudo bem explicita, fumador passivo é aquele sujeito à exposição continuada do fumo do tabaco no local de trabalho ou em ambiente doméstico. E precisando os resultados obtidos, é especialmente nos ex-fumadores (> de 10 anos) e na exposição no local de trabalho, onde o risco de ter uma doença grave – cancro do pulmão ou das vias aéreas superiores – ou morrer devido a DPCO pode duplicar ou triplicar.
Mas, e também para perceber-mos um pouco o que este duplicar siginifica, devemos atender nos números reais: o estudo fez o seguimento de 123.479 indivíduos, durante 7 anos, e detectou 131 casos das tais doenças graves e fatais. Que se distribuiram da segunte maneira:
Ex-fumadores - 53 casos/20.556 indivíduos (0.25%)
Fumadores passivos – 78 casos/71.722 indivíduos (0.12%)
Sem exposição – 52 casos/51.722 indivíduos (0.10%)

E não vos maço mais… entretanto, acabei por fumar um cigarrito!

PP: Falava a T de uns tradutores para inglês. Não me parecem muito bons… no blog de um outro médico (ora, o que é que se há-de fazer) a tradução automática dá quelquer coisa como isto:
"Marido e mulher entram no consultório em simultâneo. Quem tem consulta é ele, ela vem "para controlar", palavras ditas por ela mesma."
"Husband and woman enter in the doctor's office in simultaneous. Who has consultation is it, it comes "to control", words said for same it."

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