transcrevo um mail que recebi de um amigo sobre este assunto:
Caros amigos e amigas,
quanto a esta questão recidivante dos pedidos de sangue a circular na net, peço-vos que leiam o mail que me foi dirigido ( em baixo) sobre um pedido desesperado de sangue AB Rh neg pelo Hospital de Viseu. Quem me escreveu é nem mais nem menos que a minha colega que dirige o referido hospital(!). Não digo que estes apelos não possam uma vez ou outra ter algum fundamento ( acredito que muito poucas), mas peço-vos que nunca os reencaminhem. Na sua essência não passam de um aproveitamento da facilidade com que hoje em dia nos tele-invadimos com lixo. Como normalmente as mensagens deste tipo veiculam questões que mexem facilmente com os sentimentos das pessoas, uma horda de "disponíveis" imediatamente se predispõe a colaborar, resultando na prática num bloqueio dos serviços. São telefones a tocar incessantemente, faxes em fila de espera, bichas à porta, conflitos potenciais quando percebem o logro em que se deixaram envolver. Ninguém gosta de ver a sua disponibilidade desvalorizada. Neste caso específico, quem lançou este apelo sabia que este grupo de sangue é efectivamente o mais raro da constelação ( e portanto perfeito para fazer um apelo). Mas não sabia que nem sequer é difícil transfundir um doente deste grupo, uma vez que pode ser transfundido com todos os grupos disponíveís ( A,B,O,AB), salvaguardando que sejam Rh neg. E em casos seleccionados de emergência ( por exemplo), nem isso. Desculpem estas considerações, que mais não pretendem ser do que uma minúscula contribuição para quebrar a cadeia de disparates com que por vezes somos invadidos.
António Robalo Nunes
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