21 de janeiro de 2005

Gripe e futebol

O país inteiro está ranhoso. Ben-U-Ron e lenços de papel serão os items mais vendidos no país durante este período. O quadro começa bruscamente, com umas impressões, seguindo-se tosse seca, calafrios, nariz entupido/pingão, dor de garganta e a sensação de se ter sido atropelado por um pelotão de fuzileiros. Famílias inteiras caem como peças de dominó. As crianças trazem para casa a gripe que os pais dos seus coleguinhas lhes deram para levar para a escola. As crianças só não têm falta porque a professora está em casa de molho.

Na minha Unidade tem sido um corropio. Responsáveis que somos (seis) por cerca de 11.000 pessoas, as consultas duplicaram. Já pensámos em pôr cá fora um cartaz dizendo: "Se tiver estes sintomas: [segue-se descrição acima] por favor tire uma das receitas abaixo, escreva o seu nome e vá aviar. Tome os medicamentos com doses abundantes de líquidos quentes e muito vapor de água. Boa sorte". Só ainda não o fizemos porque não temos tempo.

E é por isto que ainda não contei como fui com o meu filho no Domingo ao Estádio da Luz ver o Benfica dar quatro secos ao Boavista. O primeiro jogo de futebol da vida dele e a primeira visita de ambos à nova Catedral. Saímos a rir e a comer castanhas assadas. Esta noite fica para a história das nossas vidas.


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