3 de outubro de 2004

Telejornal às vezes faz muito mal.

Estava eu alegremente a fazer zapping e parei numa peça sobre hipermercados.
Estava uma senhora dita socióloga, talvez da DECO não faço a mínima ideia da organização a que pertencia a loira rapariga, a palrar sobre a disposição dos bens a adquirir nesses espaços.
E porra, não é que a mulher diz, que se notarmos bem os bens supérfluos, tipo LIVROS, MÚSICA e acessórios para automóveis são os que se encontram mais à mão da freguesia e disponíveis à compra imediata. Nem ouvi mais.
Quero pedir a demissão de telejornais que dizem estas merdas e quero ser demissionária de pessoas, que acham que um livro e música não são bens essenciais.
Verdadeiramente terceiro-mundismo ou talvez, um reflexo que para fazer a felicidade humana há que comer, beber e estar agasalhado.
Não sei com o que sonham estes seres à noites.
A sociedade da abundância é muito limitada afinal.


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