16 de setembro de 2004

que escola queremos para os nossos filhos?

que escola queremos para os nossos filhos?

durante muitos anos, habituamo-nos a olhar para a escola como uma espécie de ‘depósito’ onde entregamos os filhos ás 8 da manhã... e de ontem regressam pelo fim da tarde.

o que lá se passa é um assunto interno entre a aquela instituição e os nossos filhos, no qual não nos metemos. nem devemos

a escola tem por obrigação ensinar, educar e devolver limpo e tratado.

a ideia de participar nesse acto educativo através de uma actuação concertada com a escola, ajudando nas tarefas complementares de educação, na busca de soluções para uma melhor compreensão dos programas escolares, no apoio a tornar a escola um local mais atractivo e atraente que faça os nossos filhos sentirem-se bem nela mesmo para além do horário escolar obrigatório.. é uma coisa absolutamente chata e irritante que nos impede de ver o jogo do sporting, o final da novela, ou o ultimo dislate do senhor presidente do governo regional da madeira (infelizmente os monty phyton já acabaram, o que tornaria inutil o sr. alberto).

não podemos achar que uns senhores (ou senhoras, para o caso é irrelevante...) que recebem no começo de outubro um punhado de adolescentes, cada um com o seu passado, a sua formação, a sua cultura, os transformem por acção mágica e sólitária, num grupo de educados e cultos rapazes e raparigas.

a ideia peregrina que faz com que tenhamos a atitude de: “eu pago os meus impostos, eles têm que me educar os filhos porque eu não tenho tempo” é tão abstronça como perigosa...
quem tem que educar os nossos filhos somos nós.
mais ninguém tem essa obrigação.
é por isso, e por não termos todo o tempo do mundo, nem toda a informação para disponibilizar, que temos que nos socorrer de uns quantos tipos que fazem disso profissão, e estão autorizados a escreverem um papel no final a dizer que as crianças aprenderam o que lhes ensinaram.
mas isso não releva a nossa obrigação de educar os nossos filhos.
aqueles tipos (os professores) são nossos auxiliares nessa tarefa.
mas a tarefa é nossa.
é pois, por isso, absolutamente indispensável que o tempo dispensado com os nossos filhos tenha mais qualidade. Não precisa ser (provavelmente) mais, precisa de ser melhor.
precisamos de ir á escola a chatear aqueles tipos (os professores) para saber o que estão a ensinar; que ajuda precisam; o que podemos fazer em casa e como o devemos fazer.
precisamos de alterar a nossa aitude perante os nossos filhos e não achar que se eles tratam a escola de forma displicente, talvez não seja por serem sobredotados, ou hiper-activos... pode ser apenas por serem mal educados.. por nós
precisamos de encontrar formas de motivar os nossos filhos a lerem um livro como um objecto de prazer e não como um instrumento de tortura (e é seguramente mais fácil para nós que só temos um ou dois filhos, que para o professor que tem 30 alunos).
precisamos de educar os nossos filhos a pesquisarem, porque é a melhor forma de aprender.
precisamos de fazer com os nossos filhos sintam prazer em saber.
para isso precisamos de nos educar a nós também.
e um bom método... é fazê-lo conjuntamente com os nossos filhos.
ajuda-nos a nós e a eles.

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