28 de setembro de 2004

Aranhas que voam - o regresso.

Uma vez contei que um aranhiço me trepou pela mama esquerda afora. Pois bem, isto não é normal: em Viseu (onde mais..) outra aranha (desta vez aquelas esqueléticas e GRANDES) se aventurou por mim acima. Esta não voou. Ou por outra, voou mas não teve o final feliz da pioneira. Morreu aos pés do meu pai (cioso da honra da primogénita) depois de eu lhe dar uma valente sapatada. Por isso, aranhas de todo o mundo, TEMEI!

* * *

De alguma forma as aranhas souberam do meu post do outro dia. Souberam mesmo do meu paradeiro. Suspeito que ando a ser seguida. Hoje, ao entrar na casa do gajo, subindo a escada vi uma bicha aterradora. Era uma daquelas aranhas de patamar intermédio entre as grandes de patitas fininhas e as peludas de cu grande. Vi a criatura, veio o medo, hesitei, voltei a descer as escadas. Estava na parede, à altura dos meus olhos. Naturalmente voltei para trás e fiz birra, ameaçando não subir se a coisa não morresse. O gajo insistia, vá, sobe as escadas, olha que estão à nossa espera para jantar, e eu, não vou nada, mata-a. Ele não a matava. Mata-a. Não matou. Desceu as escadas e insistiu. Depois de muito tremelique lá tentei subir. De costas para a parede, a correr na diagonal, ansiosa por chegar, galgando degraus com a aranha nas minhas costas. Cheguei! O gajo sobe também, não sem antes parar ao pé dela a arreliar-me - estás a ver, ela não salta. Pega na vassoura e eu penso com alívio, vai dar cabo dela - vais matá-la? Não vou nada, vou só assustá-la para ela não ir para cima. Espantou-a. Ela caiu e fugiu a altíssima velocidade, eu assustada. Pior que uma aranha, só uma aranha a andar, a correr. Ao jantar quase chorei de alívio. Tenho para mim que foi um aviso.

* * *

Voltei a vê-la. Estava no pilar ao pé da porta da garagem, era a mesma, só podia ser a mesma. Era grande e quando o gajo a soprou ela escondeu-se no quintal.

* * *

Ontem mesmo, mal cheguei a casa elas não se fizeram esperar. Alapei-me no sofá. Via televisão. Com o rabo do olho vi uma figurinha a mexer. Matei-a um momento antes de me subir para a mama. A mama esquerda. Isto não pode ser coincidência.

(a continuar... - espero que não)

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