1 de abril de 2004

A glória feminina

Por vezes ao ler os jornais deparo-me com boçalidades confrangedoras, como uma crónica do senhor João César das Neves onde a dado passo ele debita estas pérolas

Quando a mulher, o ser superior, se rebaixa, as consequências são horríveis. Primeiro, o exterior determina o fundo da vida. A economia manda na gente, a lei regula a família, a política decide da felicidade. Como se pode considerar um progresso a mulher-soldado?

Segundo, o fundo da vida degrada-se. São hoje esquecidas e atacadas as duas razões mais próprias da glória feminina, o encanto da virgindade e a grandeza da maternidade. O engano é tal que vemos mulheres apreciar como ganhos a perversão da maternidade pelo aborto, da virgindade pela libertinagem, da família pelo divórcio. Cedem à promiscuidade e pornografia, velhas obsessões varonis. A promoção da homossexualidade baralha até os dados da natureza.

Felizmente que, apesar da tirania da opinião, grande parte das mulheres resiste à pressão e preserva a superioridade. A virgindade e a maternidade brilham ainda neste tempo confuso. E, juntas na mesma pessoa, cintilam no mais alto dos céus, acima de toda a criatura."

João César das Neves

Custa-me acreditar que ainda há quem reduza a condição da mulher a isto. E tudo o mais que eu escreva aqui irá cair na vontade que tenho de chamar imbecil a este senhor, por isso é melhor parar por aqui.

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