"À la Folie... Pas du Tout" vale pelo seu enredo inesperado. Inicialmente parece uma valente chatice romântica mas isto é intencional: o objectivo da realizadora é causar um choque entre a nossa percepção da história aparente, percepção essa baseada nos comuns "preconceitos amorosos" que a cultura dos filmes e das telenovelas nos dão, e a história real, muito mais interessante e surpreendente. Este filme só funciona uma vez e não convém ler críticas antes de vê-lo (excepto esta).
"Un Couple Épatant" junta tudo o que define realização em cinema com um argumento que poderia provir de uma boa sitcom ou série de televisão. Não é excelente nem muito bom mas diverte bem. Irrita um bocadinho dar o braço a torcer de que diverte bem perante uma obra tão simples mas é verdade que diverte bem.
Resta dizer que por estes dias tenho andado permanentemente inquietado por esta dúvida terrível: quem é mais bela? A heroína do Lost in Translation (Scarlett Johansson), loura, juvenil, com redondezas e redonduras deliciosamente perfeitas? A encantadora e expressiva Audrey Tautou (À la Folie... Pas du Tout), também uma perfeição no que diz respeito a linhas (simetria, ortogonalidade, curvatura súbita e perfeita)? Ou Ornella Muti (Un Couple Épatant), mulherão, super-sexi, ultra símbolo sexual? Entre as três mon coeur balance (e não só o coeur!).
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