18 de dezembro de 2003

Matriz, Lenin e Anéis

O terceiro filme de Matrix é mau. Se este fosse o primeiro e não o terceiro de uma sequência mais ou menos respeitável, não teria grande sucesso e não ficaria para a história. Visualmente não se percebe para que foram necessárias 6 ou 7 equipas completas de efeitos especiais. A banalização das personagens, que são cada vez mais humanas, e o fraco aproveitamento do bom que os dois primeiros filmes tinham (tiroteio e kung fu) faz deste terceiro uma nulidade cinematográfica.

Good Bye Lenin não necessitou de 7 equipas de efeitos especiais nem certamente de nenhum dinheiro. "O teatro são os actores" e, para mim, também no cinema basta bons actores e bom argumento para um filme poder ser excelente. Bons actores, argumento original, interessante e divertido e ainda dois temas interessantes fazem do Good Bye Lenin um filme 17 valores. Os temas interessantes: amor entre filho e mãe (maravilho sem ser meloso nem cliché) e amor à ideologia (sem ser nem de crítica política nem de intervenção).

O terceiro dos Anéis é mais do mesmo mas o mesmo continua a ser bonito de se ver: as paisagens fantásticas (mas que, parece, exitem na Nova Zelândia), as cidades mágicas incrustadas em montes ou grutas, os trajes dos guerreiros e princesas, os grandes combates, a magia e a amizade, o tema principal do filme. Para quem não estiver com muito sono (como eu estava ontem) é muito bom de ver.

Ricardo

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