17 de dezembro de 2003

Como se voltou a falar disso

Se o retrato do aborto clandestino é chocante, pela crueza e solidão que transmitem…


A imagem da vida humana, na sua simplicidade e fragilidade, não pode deixar de nos comover…


Não sei qual a posição certa, não sei mesmo!
Mas não creio que tudo se possa resumir a uma mera questão de consciência indivídual. Vou mais pelas palavras de um prémio Nobel da Medicina, ditas em 1967, aquando da completa liberalização do aborto (até aos 9 meses) nos Estados Unidos: "Quanto em valores éticos estará uma sociedade disposta a renunciar em favor da solução de um grande problema social? Isto depende não apenas de sua filosofia ética, mas também da seriedade com a qual se encara o problema a resolver".

PP: Só um reparo histórico. A proibição do aborto não está, historicamente, ligado à Igreja Católica. Embora esta sempre tenha condenado o aborto e o infaticidio (essa sim, a maneira comum se resolverem os problemas na Idade Média), desde que o aborto começou a ser praticado “medicamente” no século XVII, sempre foi legalmente permitido. Foram os avanços científicos, com os conhecimentos sobre a concepção humana, que o tornaram proíbido em todos os países, a partir de 1860.

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