Definitivamente acabaram as férias.
Estamos em Setembro e está a refrescar. Descansei, assentei ideias, sinto-me pronto para a luta. Não quero passar por aqui incólume. Quero provocar reacções, agitar almas, desenterrar emoções... quero que me amem ou me odeiem, me digam sim ou não, recuso um “nim”.
Isto porque nestes últimos anos, entre cambalhotas e trambolhões, passei a conhecer-me bastante melhor. É curioso como podemos passar, às vezes uma vida inteira, a tentar conhecer desalmadamente outras pessoas e esquecemo-nos de nós, de nos conhecer verdadeiramente, de aceitar os nossos piores defeitos e sublimar as nossas melhores qualidades. Especialmente de conhecer o “lado negro” da nossa alma, aquele lugar onde guardamos os segredos mais terríveis e as fantasias mais loucas, os que se contassemos assim de chofre a outra pessoa a assustaria, a aterrorizaria, sei lá.
Isto lembra-me uma passagem de Osho. ”Na nossa vida quotidiana, tendemos a ver a solidão como um fardo, um incómodo. Enchemos a nossa vida de actividades, de passatempos, de ocupações; esquecemo-nos de como é bom estar só e em silêncio. Procuramos no amor um refúgio para a solidão; mas se não soubermos viver connosco mesmos, transformaremos o amor numa solidão a dois”
Serve isto para dizer (o que já disse algures) que gosto disto e caminho a passos largos para ficar viciado. ...Vou levar este Blog a sério! Então, como sou metódico e estruturado, fiz planos, assentei notas, tenho títulos. Adoro fazer planos, compro agendas e esboço organigramas, tento prever tudo e sigo uma lógica inabalável. O meu mal é depois: gosto de não cumprir os meus planos ou, quando não é possível, cumpri-los no último dia, no último minuto quando não é possível fugir mais.
Assim vou bloggar da seguinte maneira: terei quatro (4) temas fixos, um em cada dia da semana. Os primeiros serão: O que eu sou, Estórias da minha infância, As crónicas da Inês e Coração vermelho. Depois virão outros, quiçá mais arrojados, como Palavrões à portuguesa, Bebedeiras monumentais, Sítios do Sul, Cantigas do meu tempo. Dois dias (quartas e sábados) serão de tema livre, para dizer o que me vier à tola, ou não dizer nada. O sétimo dia é para descansar (sim, eu sou católico... e apostólico.. e romano). Domingo é para acordar quando calhar, vestir uma fatiota, ir à missa, almoçar fora e , à tarde, fazer qualquer coisa ou nada. E ler o Expresso!
Está decidido, bloggemos!
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