16 de setembro de 2003

O que eu sou (2) – Um motard

Há um ano, no Verão (é sempre no Verão) tirei a carta de mota e comprei uma Suzuki GS500 velha de doze anos. Era velha, muito velha e já um pouco enferrujada, e eu ainda muito pouco desenferrujado em cima dela, de modo que apanhei alguns sustos valentes tipo entrar desgovernado e em derrapagem numa rotunda...
Há tempos troquei-a por uma Aprilia Pegaso 650 nova e porreira. É uma chamada off-road, tipo trail adaptada à estrada. Tem uma posição de condução cómoda, é alta o que a torna impecável na cidade: vemos bem o trânsito por cima do “carredo” todo, e é bastante maleável o que permite furar a direito as filas. É pouco conhecida mas muito igual a ela é a Honda Transalp, que toda a gente conhece. Mas eu tenho a mania de ser diferente...
Um ano depois de começar sou motard, pertenço a um motoclube, tenho colete e panos (aqueles dizeres nas costas), dou voltas equipado e em bando, e vou pondo paninhos na frente do colete à medida que vou a concentrações (tipo artista de tuna universitária). Também lá pus o pano do S. Rafael que é o nosso padroeiro e até vou a Fátima no dia do Motociclista do próximo ano... sou mesmo um motard!
Agora vou-me iniciando nos sinais que fazemos uns aos outros na estrada, esses secretos tipo ritos maçónicos, e que por isso não vos posso aqui contar.
Live to ride… Ride to live! É um pouco exagerado mas soa e sente-se muito bem. Há que acelerar a vida!

PP: hoje não me enganei!

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