6 de setembro de 2003

Antes as capas aborrecidas de couro.

Depois do cinema lembrei-me de livros. Passa-se um pouco a mesma coisa: qualquer coisa como um descer de qualidade para que a escrita de qualquer pessoa possa chegar a qualquer pessoa. Tenho que admitir, soa bastante bom ao princípio, tudo para todos, enfim todos temos direito etc. Até me faz hesitar em continuar.
Mas depois entre umas compras lá no jumbo, acabo sempre por passar pela coluna dos livros. Se agora critico é porque me lembro que nem quis parar.
Além de ver livros classificados como bestsellers (enquanto que outros como Vergílio Ferreira não passam da segunda edição, SE!) escritos por todo o tipo de pessoa desde terroristas, treinadores de futebol passando por apresentadoras de televisão, insistem em apresentá-los com capaz de cores que mais parecem embalagens de pensos higiénicos ou qualquer coisa no mesmo grau de berrante.



“Implantes De Silicone – A Crise Dos Anos 40” alguém já leu? Ok, eu digo pelamordeus mesmo sem ler.
É mais ou menos como uma manada, uma criação de animais. Ovelhas por exemplo: se tivermos 5 ovelhas em excelentes condições, o rebanho pode ser considerado um rebanho em boas condições, de alta qualidade. Mas se tivermos 25, 5 boas e 20 doentes, estraga a visão geral do rebanho (baixa a média!). Mesma coisa com estas recentes edições de romances sobre as vidas dos Vips e das Tias e etc...



Ok admito que achei este até inteligente.

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