29 de agosto de 2003

Ideias para dias quentes de verão (4)

Bem... os dias quentes parece que se foram embora e as ideias também escasseiam. Esperemos pelo Outono!

Não fazer nada.
Gosto de não fazer nada. E é o que faço nestes dias depois da agitação de Espanha e Itália.
Mas há que faze-lo bem, com estilo. Primeiro há que acordar cedo, antes das nove da manhã, de preferência por volta das oito. Comer qualquer coisa devagar, um copo de leite, umas broas, um naco de queijo ou tostas com marmelada. Depois ir ao quintal, sentar num banquinho e fumar um cigarro no fresco da manhã... nessa altura está na hora de ir até à sala, esparramar-se no sofá, abrir a televisão e “zappar” um bocado (parar dois ou três minutos nos canais de televendas). A seguir saio, desço a rua e bebo uma bica na tasca do Porra, fumo outro cigarro. Volto a casa, volto ao quintal detrás e leio um bocado de um livro, dez páginas no máximo. Está na hora de voltar à sala, ao sofá e dormir a sesta da manhã...
É quase hora de almoço, comer bem, beber groselha! Depois vai-se à outra bica e fumar mais cigarros, agora no Fatan (nesta altura o ideal era alguém me levar ao colo ou às cavalitas). Voltar devagarinho, sala, sofá, sesta da tarde. Acordar aos poucos, ir até ao quintal e ler mais dez ou doze páginas. É nesta altura que há que inventar dez desculpas para não ir jogar à bola com o miúdo ou fazer qualquer outro desporto violento.
Chegou a tardinha e nesta hora mágica que ocorre a diversidade do dia: ir dar uma volta de mota, para aí dez quilómetros; ir beber uns copos, sei lá... dez imperiais; ir bater dez bolas com o taco nº 10 (que não existe!). É quase hora de jantar, mas primeiro a sesta do jantarinho. Comer bem, tinto, sobremesa, bica. À noitinha ou se lê o livro (nesta altura podemos ir até às vinte páginas), ou se vê um filme, ou se vai ver os dias que voam.
São onze horas, tenho sono, o dia foi esgotante, vou-me deitar. Espero não ter sonhos que me cansem...

O que por aí vi... Ao Ricardo D, como já lhe disse, concordo com que o facto dos mancebos de masturbarem (que se masturbam) não implica que as moças sejam tão arredias (que o são por serem mesmo assim... e também se masturbam).
Ao ler o outro Ricardo confirmei que me estou a tornar fascista. Mas é normal: à medida que envelhecemos começamos a ver mal ao pé, a ter dores nas costas, a querer trabalhar menos e a ficar fascistas... E a minha vida é comandada por um dúplice, o eu e o eu. Mas gosto! Agradeço a sugestão do Orlando, gosto de me rir e de um bom avacalhamento. Acabei de ler Pantaleão e as Visitadoras do MV Llosa. Avacalha muito e fez-me rir dez vezes. Descobri entretanto que do Brasil só li o Meu Pé de Laranja Lima e aquele do PC da Srª Primm e do demónio... Os sonhos da T e do Boavisteiro intrigam-me, acho que devem ser reveladores de algo. Aconselho um “sonhólogo”!

PP: ai o Benfica! Aiiiiiii ... há que me habituar, são os anos de chumbo!

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