31 de agosto de 2018

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"Que quere jogar?"
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Almanaque Lello 1929

"Uma alegria com razões tem o limite das razões"

"Uma alegria com razões tem o limite das razões"
Virgílio Ferreira, na revista EVA de 1960 | "Qual foi o presente de Natal que mais desejou na infância? "

28 de agosto de 2018

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  "Que quere jogar?" Almanaque Lello 1929

25 de agosto de 2018

No rastro da poesia, no Caminho de Cora





Sabe menino novo? Que fica olhando pro relógio na noite de natal? Que vai e volta da porta do quintal, e olha pra cima pra ver se o dia acabou? Se o céu já está estrelado? Assim. Bem assim estou hoje. É dia de "Caminhos da Reportagem" na TV Brasil. E é a estreia de "No rastro da Poesia. No Caminho de Cora."

Tô que não me contenho.
Dá meia-noite e não dá 21:45.

Agora, nesse exato momento, me vem à memória o dia em que li pela primeira vez sobre o Caminho de Cora. Foi no final de março, início de abril deste ano. Naquela hora, me subiu um calor pelo corpo. Pensei comigo: E se eu criasse coragem para fazer a reportagem sobre esse caminho? Me enchi de força e fui. Atravessei a redação, bati na porta da chefe e pedi preferência. Se um dia decidirem fazer um “Caminhos da Reportagem” sobre o Caminho de Cora, eu sou candidato a fazer.

Dois meses depois fui chamado pra uma reunião e a notícia veio de supetão: Você vai fazer o Caminho de Cora. Mas tem que ser no começo de junho, antes das suas férias. Ai, foi quando deu aquele frio na barriga. Sabe como? Aquele frio que encolhe o estômago da gente. Que faz parecer o chão faltar. Ok. Eu desejei. Ele veio. Agora... é fazer.

A literatura de Cora passou a frequentar minhas noites. O caminho de Cora, os meus dias. Assisti gravações antigas em que Cora fala da vida dela. Vi documentários novos, contando sua história sob o prisma da emoção de quem não ficou parada, nem respeitou os limites impostos pelo tempo. Uma caminhante. Uma peregrina. Uma aventureira incansável.

Aumentei o ritmo das minhas corridas para aguentar o tranco do caminho. Comprei botas especiais para suportar a caminhada. Tá certo, eu só percorreria alguns trechos dos 300 quilômetros do caminho. Não haveria tempo de fazê-lo todo, nos cinco dias destinados à produção do material. Mas eu sabia que caminharia muito.

De carro, fizemos cinco vezes a medida do percurso. 1.500 quilômetros no total. Subimos morro, enfrentamos estradas de terra, mato, pó e sol a pino. E descobrimos vida interiorana e poesia, muita poesia, espalhada pelo caminho. Não só as poesias de Cora (cuidadosamente postas em lugares estratégicos), que renovam a energia dos caminhantes cada vez que o cansaço se manifesta.

No caminho de Cora, a vida é um pouco poesia. Basta permitir o olhar. Basta querer enxergar. Basta não ter pressa e ter calma.

Hoje, minha ansiedade é outra. Daqui a algumas horas vai ao ar, em rede nacional, pela TV Brasil, o resultado do trabalho de uma equipe briosa, - "chiquitita, pero cumplidora" como se costuma dizer nos pampas - que forma o Núcleo de Programas Especiais. Onde são pensados, planejados, gestados e paridos alguns dos melhores produtos desta TV, entre os quais a série "Caminhos da Reportagem".

Quase não acredito na distância do tempo, entre aquela primeira leitura despretensiosa, que me informava sobre a existência do Caminho de Cora Coralina, e o quase agora da exibição do programa. Eu o vi na ilha. E me emocionei muito.

Espero que a minha emoção se traduza, também, aos olhos de quem o veja na TV. E que a emoção se espalhe numa medida boa. Na dose certa de poesia que salva o dia. Como a simplicidade do "seo" Quinzinho. Como a singeleza da TiaTó. Como a firmeza dos peregrinos Mário e Marina. Como a coragem das “Mulheres Coralinas”, da Ebe.

Enfim, o menino que me habita corre feliz em direção ao seu "presente", que chega já. No rastro da poesia. No Caminho de Cora Coralina.

Meus agradecimentos à equipe que não mediu esforços para colocar esse projeto de pé: Mariana Fabre, Sigmar Gonçalves, Hugo Madureira, Isaias Cipriano, André Pacheco, Rogério Verçoza, Dailton Matos, Edivan Viana, Suzana Guimarães, Julia Costa e Henrique Correa. E, por uma questão de justiça, agradeço também a todos os que, em alguma medida, contribuíram com a feitura deste sonho real. 

Mariana Fabre e Sigmar Gonçalves, os pulmões do Caminho de Cora. 

Henrique Correa, Cintia Vargas e Suzana Guimarães.
O coração do Caminho de Cora.  

Um agradecimento especial a Cintia Vargas, Ana Passos, Patrícia Paiva e Adriana Motta, que enfrentam os leões desse nosso tempo agudo e dão o norte da nossa jornada diária. E o meu sincero reconhecimento à TV Brasil, que me deu a oportunidade impar de juntar poesia e jornalismo - uma fórmula que não me sai da cabeça. Nunca.

Serviço:
"Caminhos da Reportagem"
No rastro da poesia. No Caminho de Cora
Quinta-feira - 23.08.2018 - 21h45
Reapresentação: Domingo 26.08.2018 - 20h00 
TV Brasil 






O vídeo completo está ai embaixo. Desfrute!!

21 de agosto de 2018

Os agouros.

Qual deles prefere? 
E, explica o Almanaque Lello de 1929, não confunda os agouros com previsões.

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