30 de setembro de 2011
29 de setembro de 2011
28 de setembro de 2011
27 de setembro de 2011
Luminarte: viajar em Sintra através de cores, formas, memórias
No passado fim de semana, em Sintra, regressámos aos tempos despreocupados da infância. Rabiscos de cor feitos pelas mãos de crianças, decoravam o edifício da Câmara, imagens a fazer-nos viajar no tempo preenchiam a fachada do Palácio Nacional. A antiga fábrica de queijadas da Matilde, hoje café «Saudade» (a manter no interior a cozinha onde se fabricava este doce regional) ostentava um caleidoscópio onde nos víamos projetados. Pudémos viajar ainda aos fantásticos jogos da década de 70, utilizando um antigo pinball enquanto as jogadas apareciam nas paredes do museu do brinquedo.Elegendo como mágico o cenário presente no edifício da autarquia, ficam as imagens captadas em fotografia e em vídeo feito por uma amiga . Sensações que os visitantes gostarão de guardar na memória.
A loja de tecidos
Este ritual de escolher, comparar, desenrolados de modo presto os tecido e medidos com eficiência. Quase um bailado. Quem se lembra destas lojas?
Foto de Armando Vidal, Revista Flama, 1971
Foto de Armando Vidal, Revista Flama, 1971
Frango Massena
Como tornar um simples frango assado, num frango Massena.Pouco trabalho e um resultado aparatoso.. Berta Rosa-Limpo, 1973
26 de setembro de 2011
De aço
O Omega Dynamic que dá corda a si próprio, entre outras características. Este modelo era mesmo o homem ideal de 1969...:)
Por apenas 2400$00...
Por apenas 2400$00...
Erros de educação
Vadiagem, inconformismo, preguiça e desleixo? Uma solução, o colégio académico. O ano era o de 1968.
25 de setembro de 2011
Cabo Espichel
(painéis de azulejos existentes no interior da ermida historiografando a construção do Santuário)
O Património Cultural deve ser visto, acima de tudo, como elemento da identidade das populações que habitam ou usufruem o local onde este se insere, sendo o edificado, as vivências e a paisagem do local um todo indivisível na sua valorização.
O conjunto designado Santuário de Nossa Senhora da Mua é composto por diversos elementos (igreja, hospedaria, cruzeiro, terreiro, ermida, aqueduto, casa das águas e casa da ópera), integrados numa paisagem única e mítica que desanuvia, alegra e relaxa quem o visita. Foi muito provavelmente este bem estar que o local transmite, a par da lenda da imagem aparecida, que motivou séculos seguidos de romarias.
Ora, é de louvar o sesimbrense propósito municipal de dignificar o Santuário da Senhora da Mua. Apesar de gostar muito de arraiais, feiras e outras manifestações de cultura tradicional portuguesa , desgostou-me a visita que fiz, porque senti o ambiente mítico de todo o promontório estilhaçado, num desrespeito pelo património. Não me parece ser com as roulottes de farturas e afins que se dignificam seis séculos de história e se valoriza o conjunto. O potencial do local dá para muito, muito mais, e a memória identitária das comunidades que o vivenciaram o merece.
Sesimbra, 2011.
O rio da minha aldeia
Um Verão a invadir o Outono, convidando a percursos pedestres. Ao longo da caminhada, os detalhes despercebidos a quem passa no trânsito. É bom passear em temperatura amena, redescobrindo versos a propósito do rio da nossa aldeia. Onde se encontram as inscrições no asfalto? Penso que não será difícil responder.
24 de setembro de 2011
'Sodade' de Cesária ou um adeus aos palcos
(imagem:unep.org)
Estranho quando alguém afirma não ter conhecido professores que tenham deixado recordações gratas. A propósito, já aqui foi mencionado o mestre e escritor Manuel Ferreira, docente de Literaturas africanas de expressão portuguesa. Tendo ontem revisitado Hora di Bai, romance do autor, fugiu de imediato o pensamento para a voz única Cesária Évora pela intertextualidade evidente a associar a prosa literária à canção.
Com surpresa, verifico esta manhã no jornal que a cantora anunciou publicamente o final dos concertos com que durante tantos anos nos encantou.
«Nha Venância, bô crê ouvi um poeminha?»
«Mas poema direito, bô ouvi?», e riu agradada como ainda não tinha rido naquele dia.
Caminho longe…
Caminho obrigado
caminho trilhado
nos traços da fome
caminho sem nome
caminho de mar
um violão a chorar
Caminho traidor
«Caminho traidor, sim senhor. Gente espera uma coisa e São Tomé dá outra. Ou não. Traidor porque rouba filho da nossa terra. Isso mesmo, moço.» (…)
Manuel Ferreira, Hora di Baie a propósito: sodade
Um grande texto para uma pequena imagem
O grande texto será o de Fernando Echevarría, grande poeta algo esquecido no nosso meio de apreciadores de literatura em português. Poderão facilmente identificar a localização deste instantâneo captado num sábado de sol, quando sair de casa se torna convidativo. Ficam os versos de um poeta filósofo, inesperadamente reencontrado, tendo passado a figurar na lista dos eleitos:
O tempo vive, quando os homens, nele,
se esquecem de si mesmos,
ficando, embora, a contemplar o estreme
reduto de estar sendo.
O tempo vive a refrescar a sede
dos animais e do vento,
quando a estrutura estremece
a dura escuridão que, desde dentro,
irrompe. E fica com o uivo agreste
espantando o seu estrondo de silêncio.
Fernando Echevarría
A rumba vermelha
"Depois penso num clube nocturno. Quero música, gente, bailarinas espanholas e a rumba vermelha ardendo nos cigarros"
Texto de Maia de Jesus e foto de João Martins
Revista Eva, 1946
23 de setembro de 2011
O amor é cego e vê
No homem ou na mulher
Amor é uma cegueira
Mas só não vê quem não quer
E vê sempre a quem o queira.
Amor é cego e vê, não sei porquê,
Amor é cego e vê, não sei porquê.
Deus lhe deu esta graça
Este poder fatal
De ver dentro de nós o que se passa
Como se o peito fosse de cristal.
Se o Amor nos olha, logo a gente
Preso na alma o sente
E escuta a sua voz.
Mas o que enfim se não entende:
Aquele a quem se prende
É quem nos prende a nós.
Canta Tomás Alcaide, para o filme Bocage, canção com Música de Afonso Correia Leite/Armando Rodrigues, letra de Matos Sequeira/Pereira Coelho.
Teodoro, não vás ao sonoro...
O sonoro tinha sido apresentado em Portugal, pela primeira vez, no ano anterior.
Daí que a publicidade dos Cinemas desse especial relevo ao facto.
(Almanaque "O Século", 1932).
Por José Quintela Soares
Daí que a publicidade dos Cinemas desse especial relevo ao facto.
(Almanaque "O Século", 1932).
Por José Quintela Soares
Chiado
"O Chiado é uma instituição lisboeta. Subimos o Chiado; descemos o Chiado; passamos no meio do Chiado ou às esquinas e portas do Chiado e sentimos que somos refinadamente lisboetas"
Texto de Olavo D´Eça Leal e desenho de Bernardo Marques
Texto de Olavo D´Eça Leal e desenho de Bernardo Marques
22 de setembro de 2011
21 de setembro de 2011
O Flautista de Hamelim chamado Colorim
Um livro recebido pela Manelinha em 1938. Uma compra da Feira da Ladra. O Flautista que nos encantou, a nós e aos ratos, na versão de Walt Disney.