28 de fevereiro de 2011

O comboio da madrugada em cena no Mirita Casimiro

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fotografia de João Vasco

O comboio da madrugada, de título original The milk train doesn’t stop here anymore do dramaturgo Tennessee Williams, encontra-se em cena no Teatro Mirita Casimiro no Estoril.
A peça é atravessada pelo amargo sarcasmo que tanto caracteriza algumas das personagens de Williams, encontrando-se presente na crueldade verbal da protagonista. O traço aqui destacado contribui para que se torne impossível, ao longo do enredo, não estabelecer a associação ao «no neck monsters», epíteto atribuído às crianças pela carismática Maggie/Liz Taylor em Gata em telhado de zinco quente. Em O comboio da madrugada, as deixas da figura central, de nome Flora (Sissy) Goforth, revelam-nos uma Eunice Muñoz à altura das personagens com que nos tem vindo a surpreender ao longo dos anos: a actriz terá em tempos referido em entrevista que precisa de desafios, já que tende a tratar o palco por tu e, como tal, descansa nesse à vontade. Certamente que encarnar a excêntrica milionária Sissy Goforth não será tarefa fácil…
O papel do jovem Chris Flanders , outra figura proeminente com quem Sissy contracena, constitui agradável surpresa. Outras figuras merecerão destaque, como a de Lídia Muñoz, neta de Eunice, no papel da paciente secretária e redactora de memórias desta «Barba azul» de saias.
A actriz Anna Paula prende - como não poderia deixar de ser - a audiência no papel da falsa amiga fútil, maltratada pela senhora Goforth merecendo, da sua parte, o tratamento de «bruxa».
Algumas notas em tom de conclusão ficarão para aguçar o apetite para a peça originalmente encenada por Carlos Avilez : o facto de ser a estreia nacional , a forma – opinião pessoal – cruel e ao mesmo tempo fascinante como o dramaturgo retrata algumas das figuras femininas centrais e, por último – este aspecto provavelmente de cariz feminino – o belíssimo e elegante guarda-roupa envergado pela protagonista, encontrando-se o mesmo à altura de uma qualquer estrela de Hollywood nos tempos áureos do cinema.
Um excerto da representação aqui

26 de fevereiro de 2011

Um expressivo olhar



Estou certa de que, sem dificuldade, o conseguirão localizar.

25 de fevereiro de 2011

Padroeiro

Eis Santo Izidro, padroeiro da lavoura...1935

Mocidade Eterna, 1935

Sem envelhecer graças ao Ruther...

Gazeta das Aldeias, 1935

24 de fevereiro de 2011

Austin

Em 1935, na Gazeta das Aldeias. Uma senhora a conduzir...Ora tomem!

Lusalite

Este lavrador vive alegre...
Gazeta das Aldeias.
Clicar na imagem  para visualizar melhor.

Perfect days



Basta uma mudança de cenário e um calor aconchegante para renovar energias. Os jovens encontram facilmente tudo o que deve ser procurado no episódio de Inês de Castro: ouvem-no em gravação atentamente, percebem o porquê da aproximação à tragédia clássica, ao texto lírico e ele é um não parar de descodificar tudo quanto é figura de estilo. Nem o resto da agenda diária pode estragar a disposição: associações inevitáveis a tantos temas e clips a mostrar cenários primaveris…. Mesmo sob risco de tudo voltar ao literal cinzentismo dos últimos meses: infindáveis dias de chuva, paragens no trânsito, rostos cerrados… Conscientes de não ser o sol a salvar-nos da crise, estes dias bonitos trazem novo alento. Pois que venha o sol e que seja para ficar. Perfect days...

23 de fevereiro de 2011

Mercado de Bemfica

Hoje faz três anos. Um projecto colectivo, concebido pela nossa J com pontinho.
Para quem ama Benfica, é favor ir conhecer o Mercado 

Zeca, maior que o pensamento

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Uma manhã como a de hoje em que a chuva tinha finalmente cessado. Chegada ao local de trabalho, todos ostentavam tristeza. Percebi então que o nosso Zeca nos tinha deixado. O último concerto no coliseu revelava-o debilitado pela doença, mas com uma vontade férrea que tão bem o caracterizava. Só alguém de quem se gosta e cuja presença ficará como património cultural tem direito a ser tratado por diminutivo. É bom evocar datas que trazem sorrisos, mas também não se pode relegar para o esquecimento esta figura marcante. Completam-se hoje 24 anos sobre a sua morte relativa, pois a música continua a ser ouvida e – atrever-me-ia a arriscar – para sempre, sendo evocado em inesperados detalhes, como a belíssima casa de Belmonte onde viveu e que só há pouco tempo tive o prazer de admirar.

Traz outro amigo também

No comboio descendente

Foto: página de imprensa de Pedro Laranjeira

1966

Identificais este senhor?

Carlos Avilez

22 de fevereiro de 2011

Imagens

Onde é? Responder a esta sem googlar, usem a memória visual:)


Creio que é em Lisboa, na rua da Atalaia, em pleno coração do Bairro Alto.


Frente ao Frágil, acrescento eu.

Cidade da Tolerância

Tirada ontem....Lisboa, cidade da tolerância.

Um pormenor

Deambulando pela cidade, reconheceis?

Está na entrada da ginjinha, no largo de S. Domingos, em Lisboa.

21 de fevereiro de 2011

Vidros

Belas garrafas do antigamente exibidas no café restaurante do Jardim da Estrela.

Europa

Passei hoje por Campo de Ourique. De repente parecia-me um prédio em lágrimas. Mas não, era o cinema Europa a ser demolido.

Espaços

Um belo espaço onde se pode esplanadar em Lisboa...reconheceis?

Os ais ou bocados de nós...

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Um lamento enfeitado de ais magistrais… até a rima se torna irritante, evocativa de refrão pimba… Como fugir ao lamentos e restantes tormentos ouvidos em cada esquina diária e em circunstância vária, quererá isso dizer uma evasão a variadas expressões de descontentamento a um qualquer lamento? O que será, pois, o pessimismo: mera oposição a uma alegria tontinha? Se interpelados, responde-se vai-se andando, mais ou menos (e há pessoas a quem nem se faz a pergunta, para não se ficar hipocondríaca com o rol), por oposição ao anglo-saxónico fine, great, igualmente a suscitar desconfiança por tão eufórico se revelar… Desconfiança, será esse um outro traço banal, nacional? Imaginemo-nos, pois, a lançar um forte brado, qual anúncio publicitário a um spray ambientador: lá do alto, com um traje como qualquer Maria futura von Trapp, de braços no ar e a descer a montanha, mas com uma inovação, a de lançar impropérios durante a descida súbita… Ai as queixas, as lamúrias, as lamentações!!! A semana ainda acabou de se estrear e já custa saltar para o dia de trabalho, a chuva, o ronco hostil do despertador, as pessoas de ar zangado na rua, as confidências públicas e por telemóvel sobre os “bicos de papagaio”, o mês que sobra para lá ordenado, a torrada que se queimou, a conta da electricidade, o passageiro a ler os títulos do tablóide , a vizinha de transporte a comentar com uma colega de escritório o quinto divórcio e a sétima plástica de uma qualquer poucochinha famosa efémera à nossa medida, modestos e pequeninos somos?… O azar, o fado, a marquise que começa deixar cair a estrutura em alumínio, a senhora que foi entrevistada no programa da manhã e não sabia dos irmãos há mais de dez anos, ainda bem que os encontrou , fora os meios-irmãos por esse mundo fora, uma irmã até apareceu entrevistada na cozinha, melenas no ar e roupão acolchoado, a torneira da cozinha a pingar como música de fundo… Aquela apresentadora é uma santa! Salta-se para a moradora do apartamento ao lado que deita cartas e aquilo é um corrupio de gente a entrar e a sair, veja lá que os clientes se amontoam nas escadas, só beatas pelo chão, nem a senhora  da limpeza consegue dar vazão à lixarada que se acumula… E tudo limpinho de impostos, sem recibos sem nada… O que seríamos sem os ais? Decerto faltaria assunto…

Cantiga dos ais

Anaquim,bocados de mim

20 de fevereiro de 2011

Fraude, claro



Uma análise da homeopatia e porque motivos se pode considerar uma fraude: vender como científico um conjunto de crenças incompatíveis com a ciência, produtos cujo efeito mais não é que efeito placebo (eu explico se for preciso) produtos cujo uso pode atrasar diagnósticos e tratamentos com consequências por vezes trágicas. Este artigo tem como brinde a foto de um grupo de activistas, entre os quais este vosso criado, que engoliu, cada um deles, uma caixa inteira de um produto homeopático comprado nas farmácias, para demonstrar que não há nada lá dentro - só açúcar. Confirmo: era muito docinho mesmo.

A luta contra o obscurantismo retrógrado continua nas páginas electrónicas da Visão, onde ainda terão direito a um par de clipes muito elucidativos.

Beba!

E viva a Laranjina C. 1966

19 de fevereiro de 2011

Um sorriso aberto

Em 1944, esta menina era famosa em Portugal. Reconhecem-na?

Pedras Salgadas

Os belos anúncios às Pedras Salgadas...1954

Preferir português

Porquê preferir bebidas estrangeiras? Gazeta das Aldeias, 1932


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Natural

Compal é mesmo natural, 1966

Datsun

O económico Datsun, 1974

Interiores

As maravilhosas roupas interiores de 1952.
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Morey

Morey, as meias que as suas pernas pedem... 1952

18 de fevereiro de 2011

Um casamento

Foi o primeiro casamento de alguém. Interessante é  descobrir os outros convidados...Corria o ano de 1967, Foto Apollo para a Plateia.

Clicar para ampliar a foto.

Sabem lá...

Sabeis quem é esta senhora?
Maria de Fátima Bravo

Em 1944

Esta caricatura de autoria de Fred Santana é de 1944. Mas este personagem durou e durou...Reconheceis?

Eléctricos

Em 1944, onde circulavam estes eléctricos?

A legenda desta foto era: Chegada e saída da Estação da Praia das Maçãs para Sintra dos carros da Companhia Sintra Atlântico (serviço permanente servindo as localidades de Galamares, Colares, Mocifal, Pinhal de Nazarés.

Uma voz

Em 1944 profetizava-se a esta locutora um grande futuro na rádio...
Quem era?


Natália Correia

Quem é o autor?

No Colégio Integrado Monte Maior teve lugar, a 16 do corrente, uma exposição de bonecos em material reutilizado que representavam um total de trinta autores lusófonos. A exposição intitulava-se Olhar Pró Boneco. Estes que vos envio em anexo são do......

... e dão, acho eu, uma boa adivinha para o vosso excelente blog. Foram feitos por alunos de Língua Portuguesa do 5º ano.

Cumprimentos,

António Lourenço
(blog Beijo da Terra)

17 de fevereiro de 2011

No escurinho do cinema

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Universo paralelo ainda sonhamos, rimos , choramos a olhar o ecrã e quase acreditamos atravessá-lo, qual Mia Farrow em Rosa Púrpura do Cairo… No presente, fica-se comodamente em casa ou permanece-se em pequenas salas de estúdio, muitas vezes desertificadas ( sempre que povoadas de gritos e vozes têm igualmente algo de  hostil)… Os espaços a perder de vista com plateia e balcão deram lugar a áreas restritas… Assistir a um filme era, no passado, empolgante acontecimento. Os mais velhos da família costumavam contar-nos sobre o aparecimento do sonoro a dar azo a temas musicais como o famoso Teodoro... Em volta da mesa do jantar, com a então numerosa família, ríamos ao ouvir sobre as falhas técnicas dos primeiros filmes sonoros exibidos. Entre diversos relatos hilariantes, ficámos a saber que, muitas das vezes, a vítima morria baleada em patético revirar de olhos e arrepiantes trejeitos de dor e só após o fatal acontecimento se ouvia o disparo da arma de fogo…

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O avanço dos recursos técnicos quase deixou de nos surpreender e algumas longas metragens vivem – atrever-me-ia a dizer que quase em exclusivo -  de efeitos especiais, sem uma história a contar … Algumas produções muito alicerçadas na técnica deixam pessoais sensações de vazio. Sem querer construir uma opinião dual e simplista a defender outras eras da sétima arte, pensa-se que a força residia muito no talento: quando a técnica era incipiente e pregava partidas, muito mais se exigiria, decerto, aos actores , isto genericamente falando...

Para concluir, pergunta-se se identificam os actores nas imagens.

Mais de Stuart

Uma capa de Stuart para a revista ABC.1922.

Proibido proibir

Sem comentários. Nunca resisto a uma placa destas.

A sapataria

A sapataria Gorjão em 1944. A minha primeira imagem duma sapataria é muito semelhante a esta.
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Lisboa durante a 2ª Guerra Mundial

Imagens duma troca de prisioneiros, 420  alemães por 414 ingleses realizada em Lisboa.
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Vida Mundial, 29 de Julho de 1944

Palmares

Assim se anunciava o requinte do Palmares em 1945.

Nostalgias brumosas

Eu delicio-me a ler Raul Brandão. Começou esta história  de amor com o"El-Rei Junot" e foi-se prolongando com muitos outros títulos mais. Por isso deixo este trecho recolhido duma Vida Mundial de 1945.

16 de fevereiro de 2011

Saridon

O que suprime a dor.

Ti Guerreira

E onde será este beco?

Alves Redol ou Rodel

Aparecia assim, na Vida Mundial Ilustrada. Trocavam-lhe o nome, mas era ele, Alves Redol. 1945